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quinta-feira, 9 de julho de 2015

NOSSOS PARENTES - OS CHIMPANZÉS - SERÁ MESMO?


O Chimpanzé é 99% parecido com humanos!  

É o que se entende com notícias sobre assunto.

Cientistas da Escola de Medicina da Universidade de Wayne, em Detroit, dizem que 99,4% do código genético do homem é igual ao dos chimpanzés”.
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2003/030520_chimpanzeaf.shtml

O que um apartamento no último andar tem a ver com uma casa num terreno qualquer? Olhando-se for fora, são totalmente diferentes. Por dentro as divisões são bastante diferentes. Os dois tem banheiros, quartos, cozinha, sala, paredes, teto, sistema elétrico e hidráulico, portas e janelas, e são diferentes. Os projetos arquitetônicos são diferentes.
Comparemos agora a lista de todos os materiais que serão usados para suas construções. O caso é que 99% dos materiais são idênticos. Na lista haverá cimento, areia, barras de ferro, material elétrico e hidráulico, e uma infinidade de itens.
A diferença vai surgir na quantidade de cada material e em muito poucos casos, de material que uma terá e outra não, que corresponderá a uma porcentagem muito pequena.
Se houvesse uma manual de instruções, estes seriam muito parecidos. Na construção dos pisos, paredes e tetos (laje), na colocação das janelas, portas, pias e banheiros, sistema elétrico e hidráulico e outros, teriam quase as mesmas instruções, mudando apenas quantidades e medidas.
Se tivéssemos uma enciclopédia com todos os detalhes possíveis de construção e funcionamento dos mamíferos, haveria uma similaridade surpreendente. No volume em que se encontrasse o coração, haveria uma detalhada explanação do tipo do material, do tecido de cada parede, cada veia, do sistema elétrico e químico, do funcionamento, dos diversos líquidos, hormônios, e tudo mais. Se comparássemos com vários mamíferos, embora aos nossos olhos sejam muito diferentes, a descrição seria quase idêntica. Se houvesse a possibilidade disto tudo ser explicado a nível genético, seriam, então extremamente idênticos.
Fato, similaridades genéticas não indicam sempre que seres vivos sejam parentes. Similaridades genéticas jamais serão 'prova' de que evoluíram de um antepassado comum. O evolucionista dirá que tal similaridade indica isto, o criacionista dirá que um criador teria criado os seres usando a mesma lista de materiais e o mesmo manual de construção.

Veja: Lista de doutores cientistas contra a Teoria da Evolução
com mais de mil cientistas com formação acadêmica de Phd. PhD é a sigla para Philosophiæ Doctor ou Doutor da Filosofia, o último e mais alto título acadêmico recebido por um indivíduo. 

Homem é mais parecido com rato, diz estudo sobre DNA

Uma comparação entre o DNA do ser humano e os de 12 animais mostra que estamos mais próximos dos ratos que dos gatos, disseram cientistas dos Estados Unidos na quarta-feira. A pesquisa também reforça o argumento de que o "junk DNA" (DNA-lixo) não é nada do que dá a entender seu nome, já que permanece o mesmo em muitas espécies (o que seria um sinal de sua importância). O estudo ainda reforça a teoria de que os trechos do DNA que chamamos de genes são apenas uma parte do mundo genético. A equipe de cientistas do Instituto Nacional de Pesquisa do Genoma Humano e de várias outras universidades comparou com o material genético do homem com pedaços de DNA de chimpanzé, babuíno, gato, cachorro, vaca, porco, rato, camundongo, galinha, paulistinha (um tipo de peixe) e duas espécies de baiacu (outro peixe). Nas pessoas, esse pedaço usado na comparação é a região do genoma onde está o gene CFTR, cuja inatividade provoca a fibrose cística. "A pesquisa nos dá várias provas de que estamos mais perto dos roedores que dos carnívoros", afirmou Eric Green, diretor do instituto e coordenador do estudo. "Na sequência dos genes podemos achar mudanças que aconteceram no genoma de homens e de roedores, mas não no dos outros animais." Essas mudanças estão nas sequências repetitivas de DNA que, até pouco tempo, acreditava-se ser uma parte não utilizada do material genético. Antigamente achava-se que os genes, pedaços do DNA a partir dos quais se produzem as proteínas, seriam os únicos trechos ativos do material genético. Mas descobriu-se que há outros trechos que controlam os genes e que, talvez, façam até mais que isso. "Parece que 5 por cento do nosso DNA possui importância funcional. Ocorre que apenas um terço desse total é de genes," disse Green. http://www.24horasnews.com.br/noticias/ver/Homem_e_mais_parecido_com_rato_diz_estudo_sobre_DNA____.html

O Homem e o Camundongo

O que distingue um homem de um camundongo não é muita coisa. As diferenças e semelhanças, reveladas em um estudo comparativo dos genes das duas espécies, constituem elementos importantes para a pesquisa genética e, em última instância, para o progresso da Medicina. As duas espécies possuem 30 mil genes, dos quais apenas 300 são exclusivos de uma ou outra, revela o mapeamento do genoma do camundongo, hoje praticamente terminado (mais de 95%) e realizado por um consórcio público internacional. O camundongo e o homem têm um antepassado comum, contemporâneo dos dinossauros, uma criatura do tamanho de uma rata, de acordo com a Nature. A partir de então, cada espécie evoluiu de um jeito. "Compartilhamos 99% dos genes com o camundongo, temos inclusive os genes para ter um rabo, como eles", comentou a médica Jane Rogers, do Wellcome Trust Sanger Institute (WTSI, Cambridge, GB), integrante do consórcio público.

De acordo com o relato da AP, a equipe de pesquisadores, dirigida por Morris Goodman, na Faculdade de Medicina da Wayne State University (em Detroit, Michigan), "comparou 97 genes de seres humanos, chimpanzés, gorilas, orangotangos, macacos do Velho Mundo, e camundongos". Os pesquisadores descobriram que os genes de chimpanzés e bonobos (gênero Pan) têm mais em comum com os genes humanos do que com os de quaisquer outros primatas. http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI72431-EI296,00-Camundongo+tem+genoma+semelhante+ao+humano.html


Homens e ratos compartilham a imensa maioria de genes. O que nos distingue dos ratos é uma pequena constelação que não passa de 300 genes. Nela, está concentrado o intrigante mistério da condição humana.
Mulheres e homens têm apenas 30 mil genes! A divulgação desse dado pelo Projeto Genoma foi um balde de água fria no orgulho humano: imaginávamos que fossem pelo menos 100 mil.
Se as moscas têm 13 mil genes, qualquer verme, 20 mil, um abacateiro, 25 mil, e os camundongos que caçamos nas ratoeiras 30 mil, para nós, 100 mil parecia estimativa razoável. Afinal, não foi culpa nossa havermos sido criados à imagem e semelhança de Deus.
A bem da verdade, já sabíamos que cerca de 99% de nossos genes são idênticos aos dos chimpanzés. Mas chimpanzés são animais políticos que formam comunidades com culturas próprias, utilizam instrumentos rudimentares e matam seus semelhantes premeditadamente. São, por assim dizer, seres mais humanos.
Admitir, no entanto, que nosso genoma é formado pelo mesmo número de genes dos ratos e que somente 300 genes são responsáveis pelas diferenças entre nós e eles, constitui humilhação inaceitável.
Entender a razão pela qual temos 30 mil genes como os ratos é fácil: eles são mamíferos como nós e apresentam fisiologia tão semelhante à nossa que podem ser utilizados em experiências para entender o organismo humano. O que intriga na evolução não é a proximidade genética entre as espécies, mas os genes responsáveis pelas diferenças.
Se o que nos distingue dos ratos são mesmo 300 genes, as interações entre estes e o ambiente envolvem imensa complexidade biológica. É nessa pequena constelação de genes que está concentrado o mistério da condição humana. http://drauziovarella.com.br/drauzio/sobre-homens-e-ratos/



O ouriço-do-mar

Mesmo sendo um velho conhecido, o ouriço-do-mar surpreendeu os cientistas. Ao identificar os 23.300 genes do bicho, eles descobriram que ele é muito parecido, ao menos geneticamente, com um ser humano. “Os ouriços-do-mar não são mais semelhantes fisicamente às pessoas do que uma mosca-de-fruta, mas 70% de seus genes podem ser encontrados em humanos -- na mosca, essa semelhança é de apenas 40%”, explicou ao G1 George Weinstock, da Escola de Medicina de Baylor, nos Estados Unidos, um dos líderes do levantamento que envolveu mais de 240 cientistas, de 11 países. http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,AA1345028-5603,00.html



  E o gato?


Pesquisadores do Instituto Nacional do Câncer SAIC-Frederick, dos Estados Unidos, descobriram que as pessoas têm 90% do DNA do gato. O grupo diz que a identificação dos 20.285 genes do animal de estimação (isto é, cerca de 95% do genoma) pode ajudar na busca por novos tratamentos para doenças. http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/afp/2013/09/17/grandes-felinos-sao-assassinos-por-natureza-revela-genoma.htm



 Semelhanças ou diferenças - o que vale?



O foco não deveria estar nas semelhanças, mas nas diferenças entre humanos e símios. As semelhanças genéticas são realmente esperadas, já que humanos e macacos têm metabolismo, morfologia e fisiologia semelhantes. O curioso é que a alegada “pouca diferença” genômica confere aos humanos a capacidade de falar, escrever, compor sinfonias, estudar bioquímica e genética, ter pensamentos transcendentes sobre a vida e a morte, nutrir a espiritualidade, etc. Mas já que a intenção é enfatizar as semelhanças de genoma, é bom lembrar que essa semelhança genética não ocorre apenas em relação ao orangotango; animais sem “parentesco” próximo se assemelham muito a nós, do ponto de vista genético.http://www.criacionismo.com.br/2011_01_01_archive.html

Tire um tempo para ler a instigante matéria:
A FRAUDE GIGANTESCA CONHECIDA COMO TEORIA DA EVOLUÇÃO!



DNA Humano – chimpanzé não são tão similares

Uma análise da alegação comum sobre os genomas de humanos e chimpanzés serem altamente idênticos demonstra ser isso altamente questionável e inverossímil após uma averiguação das metodologias e dados descritos em várias das principais pesquisas publicadas.
Estimativas de similaridade nas sequências de DNA relatados como tão altas são baseadas principalmente em amostras biológicas e/ou dados pré-selecionados.
Dados muito diferentes para serem convenientemente alinhados foram tipicamente omitidos, mascarados e/ou não mencionados. Além disso, os dados finais sobre as lacunas (genéticas) entre as bases alinhadas também foram muitas vezes descartados, exagerando ainda mais as (altas) estimativas finais de similaridade.
São esses processos de omissão de dados altamente seletivos, impulsionados pelo dogma darwinista, que produzem o comumente aclamado valor de 98% de semelhança entre os DNAs humano-chimpanzé.
Um dos principais problemas com a investigação no campo da genética comparativa, é que na maioria dos estudos, há uma grande quantidade de pré-seleções aplicada às amostras biológicas disponíveis e os dados antes da análise final realizada. Só os dados mais promissores, “peneirados” de um conjunto inicial é que são normalmente extraídos para uma análise final.
https://releasingthetruth.wordpress.com/tag/homo-sapiens/


A questão da interpretação dos estudos

Estudo notável publicado por Ebersberger, publicado no mesmo ano que artigo de Britten, utilizou sequência genômico chimpanzé obtido a partir de fragmentos aleatórios de tamanhos selecionados na faixa de 300 a 600 bases. Essas sequências de DNA foram alinhados a uma versão anterior do conjunto do genoma humano usando o algoritmo BLAT (Blast-Like Alignment Tool). Pesquisadores selecionaram dois terços da sequência total para análises mais detalhadas. Um terço da sequência de chimpanzé não alinhou ao genoma humano e foi descartado. A seção de métodos no artigo descreve como o subconjunto de dados pré-selecionados foi posteriormente filtrado para obter apenas os melhores alinhamentos. Os dados resultantes foram então sujeitos a uma variedade de análises comparativas que, para todos os fins práticos, são completamente insignificantes tendo em vista o nível extremamente elevado de seleção, dados mascarados, e filtragem aplicada. Não é de surpreender que eles tenham reportado uma diferença de apenas 1.24% em áreas altamente similares entre os dois genomas… Se contarmos todos os dados descartados e filtrados, teremos como resultado uma similaridade não maior do que 65%.

Em 2004, Watanabe usou uma variedade de “bibliotecas” BAC para selecionar clones para sequência de DNA representando cromossomo 22 dos primatas. A sequência foi comparada ao homólogo humano. A ressalva é que os clones BAC dos primatas só eram selecionados se cada um contivesse de 6 a 10 marcadores de DNA humanos. Novamente, uma pré-seleção nada imparcial e honesta dos materiais.

Um dos estudos mais ambíguos foi publicado por Nielson. Mantendo a inclinação a ofuscante metodologia, apenas éxons altamente alinhaveis foram utilizados e nenhum dado foi provido que permitisse um cálculo real da similaridade total. Do total inicial de sequências na análise (20.361) os pesquisadores acabaram deixando de lado 33% (6.630) em um ambígua afirmação de “controle de qualidade altamente conservativo”. EM outras palavras, 1/3 dos dados genéticos primatas iniciais não alinhavam aos dos humanos, sendo então eliminados.

Wood em seu relatório agrega uma análise que tenta validar a inteira montagem do genoma Chimp de 2005, usando sequências de aminoácidos de genes ortólogos já sendo conhecidamente similares, alinháveis.
À luz do nosso conhecimento atual sobre como o genoma funciona na prática, a abordagem antiquada de usar sequências de proteínas nucleares deduzidas eletronicamente para comparações intergenômicas precisam ser seriamente repensadas por ambos evolucionistas e criacionistas.



Resumindo . . .


Talvez o melhor resumo da pesquisa pode ser encontrada nas palavras do próprio autor:
Para cerca de 23% de nosso genoma, nós compartilhamos nenhuma ascendência genética imediata com o nosso parente vivo mais próximo, o chimpanzé”.
Assim, em dois terços dos casos, um resultado de genealogia no qual os seres humanos e os chimpanzés não são parentes genéticos mais próximos uns dos outros. As genealogias correspondentes são incongruentes com a árvore de espécies. De acordo com as evidências experimentais, isto implica que não existe tal coisa como uma história evolutiva única do genoma humano. Pelo contrário, ela se assemelha a uma colcha de retalhos de regiões individuais após as suas próprias genealogias. “

Um dos relatórios mais prejudiciais ao dogma evolucionista que veio a tona nos últimos anos é a comparação do cromossomo Y entre os seres humanos e chimps. Neste estudo, a região específica do sexo masculino (RMS), uma grande região do cromossomo Y, foi comparada entre humano e chimpanzé. Para realizar isto, uma quantidade razoável de re-sequenciamento tinha de ser executado devido ao fato da sequência do chimpanzé nesta área ser fragmentada e incompleta. O resultado final foi de 25.800.000 bases de sequência chimp do cromossomo Y de alta precisão distribuídos em oito segmentos contíguos. Quando comparado com o cromossomo Y humano, as diferenças eram enormes. Os autores afirmam:
Cerca de metade da sequência amplicônica chimpanzé não tem partes homólogas alinháveis no MSY humano, e vice-versa.” A sequência amplicônica contém unidades repetidas ornadas (chamados de palíndromos), que se lêem do mesmo jeito de trás para frente e vice-versa. Disperso dentro destes palíndromos estão as famílias de genes que são expressos principalmente nos testículos. Não só de 50% deste tipo de sequência não alinhara entre o humano e chimpanzé no cromossomo Y, humanos tinham mais do dobro de genes no total (60 contra 25 deles). Existem também três categorias completas de genes (gene famílias) encontradas nos seres humanos, que não estão nem presentes nos chimpanzés. Relacionado com esta grande diferença no conteúdo de gene, observam os autores, “Apesar da estrutura elaborada do MSY chimpanzé, seu repertório genético é consideravelmente menor e mais simples do que a do MSY humano” e “o MSY chimpanzé contém apenas dois terços mais genes distintos ou famílias de genes do que o MSY humano, e apenas metade do número de unidades de transcrição de proteínas de codificação.” https://releasingthetruth.wordpress.com/2013/06/23/dnah/



Finalizando

Os pesquisadores compararam 97 genes, porém o genoma humano (que foi mapeado em sua totalidade apenas de uma maneira muito "geral") tem pelo menos 30.000 genes – portanto eles compararam apenas 0,03% do total! Além disso, os genomas dos primatas não foram nem sequer mapeados de maneira aproximada. Assim, qualquer tentativa de comparar o DNA total atualmente é apenas uma conjectura!
O problema é que, embora equívoco, o número de 99,4% chama a atenção. O público em geral é levado a interpretar as reportagens dos meios de comunicação como elas tendo dito que os chimpanzés são "99,4% humanos". Mesmo antes que esse percentual de similaridade total tivesse sido rebaixado para 95%, a sociedade criacionista australiana "Answers in Genesis" já havia ressaltado a falácia dessa lógica. Isso foi feito citando o professor evolucionista Steven Jones, que afirmara que as bananas compartilham 50% de seus genes com os seres humanos, mas que isso não torna as bananas 50% humanas!
"A classificação dos organismos baseia-se em similaridades e diferenças. Parece estranho colocar essas três espécies (chimpanzés, bonobos e seres humanos) no mesmo grupo em igualdade de posição. Uma criança pode reconhecer a similaridade entre chimpanzés e bonobos, bem como a diferença entre eles e os seres humanos. A proposta poderá também complicar a já problemática situação dos Neandertais, Australopitecíneos e outros alegados ancestrais humanos. Por exemplo, os cientistas evolucionistas não classificam os Australopitecíneos, como Lucy, no mesmo gênero que os seres humanos. Entretanto, isso é o que Goodman está propondo fazer com os chimpanzés.
http://www.scb.org.br/scb/index.php/noticias/2021-chimpanzes-e-o-genero-humano


Tire um tempo para ler a instigante matéria:

A FRAUDE GIGANTESCA CONHECIDA COMO TEORIA DA EVOLUÇÃO!




quarta-feira, 8 de julho de 2015

SETE ILUSÕES - ERROS DE NUTRIÇÃO QUE TE DEIXA MAIS GORDO

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Sete Ilusões sobre. . .

Nutrição que estão a tornar as pessoas. . .


Mais gordas e doentes.


 Texto de Pedro Correia

Texto Original:  7 Mentiras Sobre Nutrição

Aproveitando o impulso dado pelo Dr. Jonny Bowden e a revisão que tenho vindo a efetuar na área da nutrição, acho importante dar a conhecer os principais mitos que temos sido levados a acreditar em relação à forma como comemos e que nunca questionamos. Este artigo tem basicamente dois objetivos: o primeiro é explicar de uma forma geral e compreensiva as razões pelas quais estamos mais gordos e doentes, e o segundo é fazer as pessoas pensar e questionar as escolhas que fazem todos os dias quando comem. Não sou especialista em nutrição e por esse motivo tudo o que aqui partilho está referenciado por pessoas que se dedicam ao estudo dessa temática. Sou apenas alguém com um particular interesse nesta área que acredita profundamente naquela célebre frase “somos o que comemos” e que acha que a boa informação merece ser partilhada e divulgada. Divirta-se.


1.  Temos que contar calorias para perder peso.

“As calorias são todas parecidas, venham elas da carne de vaca, do whisky, do açúcar, do amido, do queijo ou das bolachas de água e sal. Demasiadas calorias são sempre demasiadas calorias.”
Fred Stare, fundador e antigo presidente do Departamento de Nutrição da Universidade de Harvard.







Ainda paira no ar a teoria que as calorias são todas iguais e que para perdermos peso o melhor é comermos menos. Mas as coisas não são assim tão simples e a forma como o nosso corpo responde àquilo que comemos, varia em função do tipo de macronutriente que comemos, sejam proteínas, hidratos de carbono ou gorduras.
A Teoria do Equilíbrio de Energia diz-nos que se consumimos mais do que aquilo que queimamos, ganhamos peso e que se queimamos mais do que aquilo que consumimos, perdemos peso. Mas, será mesmo assim? Esta ideia não é completamente errada mas é certamente muito incompleta porque não considera as verdadeiras razões pelas quais engordamos.
No século XIX, havia um homem de sucesso muito gordo chamado William Banting, que tinha dificuldade em amarrar os atacadores e tinha que descer as escadas de costas. Em Agosto de 1862, Banting vai ver um médico chamado William Harvey, que, ao examinar a sua dieta verificou que este consumia grandes quantidades de pão, açúcar, batatas, bolos, cerveja, alguma carne e verdura. Ao se deparar com esta situação, o médico recomenda que Banting comece uma dieta mais rica em carne, mais calórica e mais controlada em hidratos de carbono. Apesar do consumo de calorias ser mais elevado que na sua dieta anterior, Banting perdeu mais de 20 quilos em seis meses e conseguiu manter esse peso até falecer com 81 anos.
Em 2002, um pediatra com excesso de peso chamado Stephen Sondike, decide fazer alguma coisa em relação ao seu peso e começa uma dieta rica em proteína e gordura e baixa em hidratos de carbono, parecida à dieta de Banting. Os seus colegas disseram-lhe que estava louco e que ele podia morrer. O resultado: Sondike não só perdeu gordura como melhorou todos os indicadores nas análises que realizou. Entusiasmado com os resultados, Sondike decide fazer um estudo científico para validar os resultados que tinha observado na sua própria experiência. No grupo I, os sujeitos iniciaram uma dieta tradicional baixa em gordura e no grupo II, os sujeitos iniciaram uma dieta baixa em hidratos de carbono, tal como tinha testado em si mesmo. Após 12 semanas, os resultados foram os seguintes: o grupo com uma dieta baixa em gordura perdeu uma média de 3,6 kilos, enquanto que o grupo com uma dieta baixa em hidratos de carbono perdeu uma média de 8,6 kilos. Mais, o grupo I consumiu cerca de 1100 calorias diárias e o grupo II consumiu cerca de 1800 calorias diárias!
Não sei em que ano foi feita a afirmação que vimos no início mas por esta altura parece-me ser consensual afirmar que as calorias não são todas iguais. A comida tem um efeito hormonal no nosso corpo que vai fazer com que armazenemos gordura ou não. Regra geral, se a nossa dieta é composta por demasiados hidratos de carbono, principalmente refinados ou sem fibra (farinha branca, arroz branco, massa branca, cereais, batatas, açúcar, etc.), será muito difícil não engordar e não ficar doente!
Já que estamos a falar disto, deixo-vos mais um motivo para evitar tudo o que é branco: o dióxido de cloro, um dos químicos usados para branquear a farinha (mesmo que depois venha outra vez a ser tornada integral), vai combinar-se com a proteína residual na maioria destes alimentos, formando aloxana, um tóxico que os investigadores usam em ratos de laboratório para induzir diabetes. Exactamente – a aloxana é USADA para destruir as células beta do pâncreas e produzir diabetes. Portanto, faça um favor a si mesmo e não coma coisas brancas.
E lembre-se: diferentes fontes de calorias = resultados diferentes.

Veja mais em:
ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL - CARNES

Também:
PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL: CANCERÍGENOS

Também:
FATOS IRREFUTÁVEIS SOBRE NUTRIÇÃO E SAÚDE

 

2.  Exercício é a melhor maneira de perder peso.
“Apesar de meio século de esforços para provar o contrário, os cientistas ainda não podem dizer que o exercício vai ajudar a perder peso.”
Gary Taubes, cientista e autor de Good Calories, Bad Calories e Why We Get Fat.






A razão pela qual utilizo a frase de Taubes é porque quero chamar a atenção para o facto que a melhor maneira de perder peso é através de uma alimentação equilibrada. Nao há margem para dúvidas e é impossível superar uma má dieta para o que quer que seja.
No entanto, como profissional do exercício físico, não posso estar totalmente de acordo com a sua afirmação no sentido em que ele diz que o exercício não vai ajudar a perder peso. Isto não é verdade. O exercício pode potenciar a perda de peso de várias formas e isso vai depender do tipo de exercício que fazemos. Se estamos a falar do típico cardio de 30-45 minutos na passadeira ou na bicicleta é uma coisa, se estamos a falar de treino de força, treino de alta intensidade ou treino de resistência metabólico, isto é outro fenómeno completamente diferente. Eu penso que Taubes está a pensar apenas no primeiro e não é consciente dos beneficios dos outros tipos de treino. O exercício pode ajudar de certeza a perder peso (entenda-se massa gorda) mas…a nutrição obviamente está em primeiro lugar.
O trabalho e pesquisa que Taubes tem vindo a desenvolver na área da nutrição é pura e simplesmente notável e merece ser seguido com atenção. Através de factos e argumentos bem sustentados, Taubes põe em causa as organizações mundiais responsáveis pela saúde e nutrição, dizendo que não se tem passado a mensagem correcta, no que concerne à forma mais adequada como devemos comer. Está cimentada a ideia que uma dieta baixa em gorduras é a mais eficaz para perder peso, no entanto, a verdade parece ser outra – o mais eficaz é uma dieta baixa em hidratos de carbono! A pirâmide dos alimentos tal como a conhecemos potencia a obesidade (vamos falar disso no número 5).
Voltando ao exemplo do cardio. Se fazemos uma actividade aeróbica de 30 minutos, intensidade baixa-moderada, gastamos pouco mais de 200 calorias. Se fizermos o típico passeio a pé durante uma hora podemos gastar cerca de 300 calorias. Isto são muito poucas calorías, se pensarmos que uma simples sandes mista, que se come em 3 minutos, pode ter cerca de 350 calorias, um simples copo de leite com chocolate pode ter 150 calorias e o famoso big mac tem 560 calorias.
Os efeitos que este tipo de treino (cardio) tem no nosso metabolismo são pouco significativos quando comparamos com os efeitos do treino de força ou de alta intensidade, nos quais verificamos um aumento de produção das principais hormonas anabólicas como a hormona do crescimento (somatotropina) e a testosterona, fundamentais na perda de massa gorda e aumento de massa muscular. Além disso, o treino de alta intensidade vai também reduzir o stress oxidativo, a inflamação e vai aumentar o EPOC (consumo excessivo de oxigénio pós-exercicio ou simplesmente débito de oxigénio), podendo acelerar o nosso metabolismo durante as 24 horas seguintes e asssim continuar a queima de gordura enquanto estamos a dormir ou a ver televisão.







No caso de um esforço de baixa intensidade, como vimos no exemplo do cardio de 30-45 minutos, os beneficios são muito mais reduzidos. Além da relação custo/benefício das calorias queimadas, este tipo de exercício vai limitar o aumento de massa muscular e densidade óssea, vai aumentar a inflamação e só vai melhorar o sistema aeróbico. Ambos (aeróbico e anaeróbico) são necessários para um coração saudável.

Veja também:
Quanto Exercícios é Necessário na Perda de Peso? 

3.  A gordura torna-nos mais gordos.  
“Os nossos cérebros são compostos principalmente por gordura, a maior parte dos nossos nervos são gordura. As hormonas reprodutoras, sim, gordura (…) Isto pode parecer paradoxal mas existem de facto gorduras essenciais, que se não as ingerimos através da dieta, vamos ficar doentes ou vamos morrer.”
Rob Wollf, bioquímico e autor de The Paleo Solution, The Original Human Diet.







À primeira vista parece fazer sentido que comendo gordura vamos ficar gordos e doentes mas o problema é que isto também não é verdade! Os nutricionistas dizem-nos que a gordura tem demasiadas calorias. E isso é verdade, de facto a gordura tem 9 calorias por grama enquanto os hidratos de carbono e as proteínas têm apenas 4. Portanto a gordura engorda mais, certo? Vamos aos factos.
Em 1957, um estudo levado a cabo por Kekwick e Pawan, comparou três grupos colocados com dietas caloricamente idênticas de 90% de gordura, 90% de proteína e 90% de hidratos de carbono. Apesar de ter sido difícil assegurar a total conformidade do que cada um dos indivíduos comia, os resultados foram estes:
1000 calorias a 90% de gordura – perda de 408 gramas por dia.
1000 calorias a 90% de proteína – perda de 272 gramas por dia.
1000 calorias a 90% de hidratos de carbono – aumentaram de peso ligeiramente.
Walter Willet, Director do Departamento de Nutrição da Harvard School of Public Health conduziu dois dos estudos epidemiológicos mais importantes na área da saúde e nutrição, o Nurses’ Health Study e o Health Professionals Follow-Up Study. Estes dois estudos examinaram os hábitos alimentares de mais de 150.000 pessoas durante mais de três décadas. No ano 2000, depois de 20 anos a estudar de forma detalhada o efeito dos alimentos na nossa saúde, ele diz que não encontrou nenhuma relação negativa entre a percentagem de calorias da gordura ingerida e o estado de saúde dos indivíduos. Ou seja, Willet não verificou um risco acrescido para as típicas doenças normalmente associadas ao consumo excessivo de gordura (doença cardíaca, diabetes, cancro, obesidade).





As gorduras Ómega 3 e Ómega 6 são essenciais na nossa dieta e são tremendamente importantes a reduzir a inflamação e a prevenir doenças como o cancro, Parkinson, Alzheimer e infertilidade. Com excepção dos glóbulos vermelhos e de algumas partes do nosso cérebro, o nosso corpo pode funcionar perfeitamente com gorduras armazenadas. Existem inclusivamente estudos que suportam que os nossos principais órgãos (coração, rins e intestinos) funcionam melhor com gordura.
E é isto que precisamos de entender: a gordura, ao contrário dos hidratos de carbono, não tem impacto nas enzimas e hormonas responsáveis pela acumulação de gordura no nosso corpo e fornece os ácidos gordos essenciais que não conseguimos obter das proteínas e dos hidratos de carbono. A gordura até pode ser a nossa melhor amiga.
A ingestão de gordura não afecta a insulina. A insulina é a principal hormona responsável pelo armazenamento de gordura no nosso corpo. Quando o nosso corpo produz demasiada insulina, em resposta à ingestão excessiva de hidratos de carbono, aumentamos drasticamente as hipóteses de acumular gordura e desencadear um conjunto de desequilíbrios e doenças, nada interessantes para viver com mais saúde.

Compare com "A Carne - Fator de Risco para Diabetes"

Também: "O Que Causa a Diabetes?"





Existem vários tipos de gordura e provavelmente já ouviram falar nas gorduras monoinsaturadas, polinsaturadas, saturadas e gorduras trans. As gorduras trans ou hidrogenadas são um veneno que apareceu na nossa dieta há cerca de 50 anos e devem ser evitadas ao máximo. É como se fosse plástico, um “não-alimento” que o nosso corpo não consegue processar. Podem ser encontradas na margarina, donuts, bolachas e batatas fritas. As gorduras monoinsaturadas são altamente benéficas e podem ser encontradas sobretudo no azeite, pêra abacate e nos frutos secos. As gorduras polinsaturadas são as tais essenciais que vimos antes da familia Ómega 3 e Ómega 6. As ómega 3 podem ser encontradas no peixe selvagem, ovos, linhaça e carne alimentada em pasto e as ómega 6 (as que consumimos de forma desmesurada) são todas aquelas presentes nos óleos vegetais (milho, cártamo, girassol, soja).
Na nossa dieta actual, estamos a ingerir demasiadas gorduras Ómega 6, isto é, o rácio de Ómega 3 para Ómega 6 é de 1:10/20 (daí a inflamação e as subsequentes complicações cardíacas) e o ideal seria que esta relação fosse 1:1 ou 1:2. Portanto, precisamos de limitar o consumo de Ómega 6 e aumentar o consumo das Ómega 3 comendo, por exemplo, mais peixe selvagem e carne alimentada em pasto.




Faltam as gorduras saturadas. E agora é que vem a grande revelação. Preparados? As gorduras saturadas também são boas na sua maioria! Os ácidos láurico (encontrado no côco, óleo de palma, leite materno) e esteárico (encontrado na carne, ovos e chocolate preto) são praticamente neutros no que diz respeito à saúde cardiovascular e têm propiedades anti-virais, têm propiedades que ajudam a curar irritações intestinais e até podem reduzir a inflamação.
Entre as gorduras saturadas, aquela que está mais associada ao aumento do colesterol LDL (que não é necessariamente mau, como vamos ver no número 7) parece ser o ácido palmítico, que pode ser encontrado no óleo de palma e nos produtos animais como a carne, ovos, leite, frango e frutos do mar. No entanto, até este tipo de gordura saturada parece ter alguns benefícios no que diz respeito à função cognitiva, se o seu consumo for moderado, isto é, se mantivermos uma dieta baixa em hidratos de carbono. E isto porquê? Porque quando consumimos hidratos de carbono em excesso, estes convertem-se em ácido palmítico, causando o aumento do colesterol LDL mau (sim, porque existe um tipo de colesterol LDL inofensivo – explico tudo no número 7)! E caso esteja a pensar cortar nos ovos e no frango por causa disto, não o faça. Os ovos ecológicos são um dos alimentos mais completos que podemos comer e o frango (sem hormonios) é uma das carnes mais magras e proteicas que existe.
Importante a reter: se mantivermos uma dieta baixa (quando digo baixa, quero dizer 100-120 gramas por dia) em hidratos de carbono, as gorduras saturadas não vão ter qualquer efeito no desenvolvimento de doença cardiovascular. Os problemas surgem quando se combinam dietas elevadas em hidratos de carbono (o pão nosso de cada dia) com dietas elevadas em gorduras saturadas.
Eu sei, isto parece díficil de acreditar mas é o que nos diz a verdadeira ciência. Oscar Wilde tinha razão: tudo o que é popular está errado.


Veja também: 

A GORDURA ENGORDA
Também:
GORDURA TRANS EM GORDURA ANIMAL


4.  A chave para perder peso é ter força de vontade. 

“O açúcar não tem qualquer valor nutricional e é diretamente nocivo para a saúde (…) o açúcar é veneno para o metabolismo.”
Dr. Robert C. Atkins, cardiologista e autor de A Dieta Revolucionária do Dr. Atkins






Existem muitas pessoas com força de vontade para perder peso mas que nunca conseguem atingir os seus objetivos. Porque será? As pessoas não estão mais gordas, doentes e cansadas por acaso. As pessoas estão assim porque inventou-se a comida de plástico e os alimentos processados que não têm qualquer valor nutricional.
Há 200 anos as pessoas ingeriam cerca de 4,5 kg de açúcar por ano em média e a farinha branca era utilizada muito raramente. No final do século IXX a loucura dos refrigerantes começou a surgir e a partir daí, quando se juntou a farinha com os doces e com os salgados, assistiu-se ao nascimento de um novo mundo gordo. As estatísticas da USDA (Departamento de Agricultura dos EUA) demonstram que em 1975 o americano médio consumia 56 kg de açúcar por ano (sobretudo açúcar refinado), atingindo-se o valor mais alto em 1999 com 67 kg per capita e 64 kg mais recentemente em 2009.

Porquê que todas as pessoas que fazem dieta passam fome? Será que tem que ser assim? As dietas baixas em gordura e calorias não têm dado resultado. Seguimos as recomendações das principais organizações mundiais de saúde e os indicadores não melhoraram. A obesidade, as doenças cardiovasculares, gota, a diabetes tipo II continuam a aumentar, os diferentes tipos de cancro aparecem cada vez mais cedo, as pessoas estão mais sedentárias e com menos energia. O problema não é a gordura. As gorduras são essenciais na nossa dieta. O problema é o excesso de açúcar nos alimentos. No pão, nas bolachas, nos bolos, no leite de soja, no iogurte, no bacon, nas batatas fritas, no ketchup, no fiambre, no salame, nos cereais, nos refrigerantes, nos sumos, no molho de soja, nos produtos embalados, nos enlatados. Este é que é o verdadeiro problema.

O açúcar é a nova droga do século XXI. O açúcar causa dependência, tal como a cocaína, a heroína, a nicotina e o álcool. Já se desconfiava disto há algum tempo mas parece que faltava a evidência científica. Em 2008, Nicole Avena, do Center for Addiction Research & Education da Universidade da Florida, publicou dados que confirmam que o açúcar afeta os receptores de ópio e dopamina do nosso cérebro, causando, portanto, adição. É verdade, às vezes não basta ter força de vontade.

Estamos a intoxicar-nos e não temos consciência disso. A comida de plástico foi inventada para causar dependência e não tem qualquer valor nutricional. O açúcar presente nos refrigerantes é um autêntico veneno. Uma coca-cola e qualquer outro refrigerante de 33 cl tem cerca de 12-15 colheres pequenas de açúcar e o efeito que isso tem no nosso corpo é simplesmente devastador. Precisamos de 32 copos de água para anular o prejuízo de apenas um refrigerante! Este excesso de açúcar na dieta é também o motivo porque vemos crescer a obesidade nas crianças.





Veja o exemplo coca-cola: A coca-cola tem um estimulante e um diurético (faz-nos perder água) que se chama cafeína. Tem também outro componente chamado sódio. O que acha que acontece quando tomamos sal e perdemos água? Ficamos com mais sede! Porque acha que a coca-cola tem tanto açúcar? Para esconder o sal. A quantidade de açúcar é tão grande que nem notamos o sal! Acha que isto é coincidência?
Já se percebeu que o açúcar é mesmo uma droga mas ainda há mais uma coisa importante a desmistificar. Isto não é fácil de explicar em poucas linhas mas vou tentar. Existem vários tipos de açúcares: monossacarídeos (1 açúcar), dissacarídeos (2 açúcares) e polissacarídeos (vários açúcares). O arroz, a batata, o milho, a farinha são todos exemplos de polissacarídeos. Estes constituem os hidratos de carbono complexos que nos disseram que são bons. Os dois principais açúcares que vamos falar são a glucose e a frutose, todos os alimentos que ingerimos são reduzidos bioquimicamente a estas moléculas simples para poderem ser utilizados no nosso corpo.

A glucose pode ser utilizada por todas as células / orgãos do nosso corpo e é importante no fornecimento de energia para a função muscular. Portanto, quanto menos ativos somos, menos glucose vamos precisar. A frutose, pelo contrário, apenas pode ser metabolizada no fígado e não afeta a grelina, a hormona que é libertada quando estamos com fome. Isto é, se bebemos um refrigerante (150 cal) o nosso cérebro não recebe o sinal que consumimos essas calorias. Continuamos esfomeados. A frutose é sete vezes mais reativa que a glucose a formar Produtos Avançados de Glicação (AGE’s) – produtos que danificam proteínas, enzimas, DNA e receptores hormonais na superfície das nossas células, causando o envelhecimento precoce. Isto passa-se quando a proteína do sangue (hemoglobina) junta-se com o açúcar e acontece aquele fenomeno de caramelização. Um simples iogurte açúcarado todos os dias pode ser suficiente. A frutose em excesso vai converter-se em gordura (má) aumentando a resistência à insulina (a hormona fundamental na nossa composição corporal) e potenciando o desenvolvimento de doenças como: diabetes tipo II, cancro, obesidade, hipertensão, arteriosclerose. A frutose tem os mesmos efeitos nocivos no nosso fígado que o álcool, aliás o álcool não é mais que açúcar fermentado. Está a ver o perigo de tudo isto?

Para uma melhor compreensão das diferenças entre o metabolismo da glucose e da frutose teríamos que socorrer-nos da bioquímica, no entanto, creio que isso não serviria os propósitos deste post, que é fazer com que a informação possa ser entendida por qualquer pessoa.

Finalmente, desengane-se se pensa que os produtos light ou zero calorias são mais saudáveis como tentam vender. Tudo o que é light é enriquecido com adoçantes artificiais como o aspartame (fenilanina), acesulfame K, sacarina, sucralose (E-955), isto só para citar os mais conhecidos. Além de obesidade, estes produtos podem causar perturbações no sono, disfunção sexual, cancro, esclerose múltipla, lúpus, diabetes e outras doenças degenerativas.


5.  A Pirâmide dos alimentos é um bom guia para comer de forma mais saudável.

A Pirâmide dos alimentos tal como a conhecemos é uma das razões para a desinformação que tem sido prestada nesta área. Partimos do princípio que as organizações que estão por detrás disto querem promover a saúde pública levando as pessoas a acreditar que este é o melhor caminho para uma vida mais saudável. Damos como garantido que as recomendações dadas por organizações como a USDA (Departamento de Agricultura dos EUA) visam proteger o interesse da saúde pública mas infelizmente as coisas não são bem assim. Pensamos, erradamente, que se os alimentos chegam aos supermercados é porque não devem ser assim tão maus. Porque existem organismos “credíveis” a regular e a controlar a qualidade dos alimentos. E que se esses alimentos fossem mesmo maus, nunca chegariam aos supermercados e as pessoas iriam saber disso mais tarde ou mais cedo. Pois, eu bem que gostaria que isso fosse assim, mas já lá vai o tempo em que acreditava no Pai Natal.


A primeira Pirâmide dos alimentos surgiu pela primeira vez na Suécia em 1974 mas a mais conhecida – aquela que podemos ver na figura – surgiu em 1992, pela mão da USDA. Desde então foram feitas algumas alterações, primeiro em 2005 e mais recentemente em 2011. Vamos falar da primeira mas antes de verificarmos o que está lá dentro, é importante saber isto. A USDA é uma das principais entidades reguladoras mundiais na área da nutrição e tem dois objetivos principais: 1) produzir informação científica para uma alimentação saudável e 2) proteger o interesse economico da indústria americana e expandir e subsidiar as suas principais plantações: milho, trigo, açúcar, soja e algodão. Aparentemente, o segundo tem tido mais que força que o primeiro, portanto esta pirâmide representa a superioridade dos interesses políticos e economicos sobre a ciência, o que é manifestamente lamentável para a nossa saúde e bem estar. Bem, vamos às evidências, que é o que interessa.
A pirâmide tem na sua base os hidratos de carbono refinados (pão, massa, cereais, arroz), ou seja, os alimentos que nos fazem engordar e ficar mais doentes. A ciência diz-nos que a obesidade é o resultado de um desequilíbrio hormonal e não de um desequilibrio calórico. Isso acontece especificamente através da constante produção de insulina causada por alimentos ricos em hidratos de carbono tais como aqueles que fazem parte da base da pirâmide. Esta é que é a realidade e o problema é que já se sabe disto há muito tempo. Lembra-se da história de Banting no número 1 onde chegamos à conclusão que o número de calorias é pouco relevante? Foi a partir de 1960 que começaram as propagandas de desinformação, através de livros e através de estudos manipulados pelas organizações políticas.
No segundo degrau da pirâmide estão as verduras e as frutas, que são também hidratos de carbono, mas neste caso estes alimentos têm valor nutricional. As frutas e verduras são excelentes fontes de fibra, minerais, vitaminas e anti-oxidantes, fundamentais para reduzir o stress oxidativo, a inflamação e prevenir doenças.
No terceiro degrau da pirâmide aparecem as proteínas como a carne, o frango, os ovos, o peixe, os feijões, os frutos secos, juntamente com os produtos lácteos como o leite, queijo e iogurte. E no último degrau temos as gorduras, os óleos e os doces!
As comidas que nos mantêm saciados, magros e saudáveis são justamente aquelas que se encontram no topo da pirâmide. Refiro-me nomeadamente às proteínas e gorduras (vimos a importância destas últimas no número 3). Proteína é um nome derivado do grego protos que significa a “mais importante” ou “a primeira”. As proteínas são feitas de cadeias complexas de aminoácidos e são essenciais para a nossa pele, músculo, cabelo e todas as reacções químicas que ocorrem no corpo humano. A nossa fisiologia utiliza 21 aminoácidos, sendo que nove deles são considerados “essenciais”, isto é, como o nosso corpo  não é capaz de os produzir temos que obtê-los através da dieta. As melhores fontes de proteína são o peixe, frango, peru, carne, ovos e marisco.





Ao contrário dos hidratos de carbono, as proteínas e as gorduras vão aumentar os sinais de saciedade durante mais tempo e vão manter os níveis de glicémia mais estáveis, precisamente porque as respostas hormonais destes macronutrientes são distintas. Ao comermos mais proteína e mais gordura vamos estimular em maior escala a secreção da hormona peptídea YY (PYY), que inibe a sensação de fome no nosso cérebro. Portanto, não se surpreenda se a taça de cereais ou o pãozinho com marmelada ao pequeno almoço deixam-no esfomeado passadas algumas horas. Os hidratos de carbono libertam muito pouca PYY. Esta hormona vai também aumentar a sensibilidade à leptina, outra hormona que tem um papel fundamental no nosso metabolismo e no controle do nosso apetite. Ou seja, quanto mais proteína e gordura consumirmos, menos necessidade de comer vamos sentir.
Conclusão: Esta pirâmide dos alimentos não serve as nossas reais necessidades e como tal não é um bom guia para prosperar. As proteínas e as gorduras deviam fazer parte da base da nossa alimentação (pelas razões que vimos acima e no número 3 – são fisiologicamente essenciais), juntamente com os hidratos de carbono das frutas e das verduras, pelo seu conteúdo em vitaminas e minerais. Tudo aquilo para além disto, por mais estranho que pareça, não parece ser essencial. Os produtos lácteos e os grãos (o glúten presente no trigo, centeio, aveia, cevada) parecem ter efeitos bastante adversos no nosso corpo e o seu consumo abusivo está associado a uma lista de problemas bastante frequentes: alergias, dores de cabeça, fatiga crónica, depressão, asma, autismo, infertilidade, diabetes tipo I, esclerose múltipla, artrite, lúpus, vitiligo, fibromialgia, esquizofrenia, doença de huntington, linfoma não hodgkin e hipotiroidismo. Pois é, dá que pensar, não dá?


6. Precisamos de hidratos de carbono para energia.

“O limite inferior de hidratos de carbono compatíveis com a vida, aparentemente, é zero, desde que quantidades adequadas de proteína e gordura sejam consumidas (…) há várias populações que ingeriram uma dieta elevada em proteínas e gordura com um mínimo de hidratos de carbono durante toda a vida, que não tiveram qualquer efeito na saúde e longevidade.”
Institute of Medicine of the National Academy of Sciences






Os hidratos de carbono não são alimentos essenciais na nossa dieta ao invés das gorduras e proteínas. Vou repetir, os hidratos de carbono não são alimentos essenciais na nossa dieta. O nosso corpo pode produzir todos os hidratos de carbono que necessita através das proteínas e das gorduras. Embora a glucose possa ser utilizada por todas as nossas células, apenas uma parte do cérebro e os glóbulos vermelhos precisam de glucose para funcionar. Isto é, o cérebro precisa de pelo menos de 120-130 gramas diárias de glucose para funcionar, mas não precisa de obter essa quantidade especificamente dos hidratos de carbono.
O nosso corpo é capaz de produzir glucose através da molécula de glicerol dos ácidos gordos e através de um processo chamado neoglucogénese (neo = novo; gluco = glucose; génese = nascimento ou criação), que consiste na conversão dos aminoácidos em glucose. Portanto, mesmo sem consumirmos hidratos de carbono diretamente da dieta, o nosso corpo funciona. Muitos médicos e profissionais de saúde querem que acreditemos que vamos cair e morrer sem hidratos de carbono, mas isso não é completamente verdade.
Os nossos corpos têm dois sistemas de combustível para nos dar energia. O nosso combustível primário é a glucose e o outro combustível é a gordura armazenada ou as cetonas. Quando estamos em jejum ou numa dieta restritiva de hidratos de carbono, passamos a utilizar as cetonas como fonte de energia e o corpo passa para um estado de cetose, um estado fisiológico perfeitamente normal e que não tem nada a ver com a cetoacidose – uma condição perigosa verificada nos diabéticos de Tipo I que ocorre quando o nível de glicemia está descontrolado e não se consegue produzir insulina.
Vários estudos demonstram que o estado de cetose é benigno e que não tem efeitos secundários quando efetuada em situações metabolicamente controladas. É através deste estado que o nosso corpo encontra uma forma alternativa de produzir glucose.
Donald e Susan Voet, autores de Biochemistry in a Nutshell – Fundamentals of Biochemistry, indicam que as cetonas servem como combustíveis metabólicos importantes para muitos tecidos, particularmente para o coração e para os músculos esqueléticos. Outros autores referem ainda que as cetonas fornecem uma fonte de energia eficiente para o cérebro e que o estado de cetose leve (que se verifica numa dieta baixa em hidratos de carbono) pode ter inclusivamente vários benefícios em doenças como Alzheimer e Parkinson.





Resumindo: Não existe uma necessidade fisiológica para consumirmos hidratos de carbono. No entanto, é preciso que fique claro que não estou de maneira alguma a sugerir que não se devem consumir. Como referi acima, os hidratos de carbono das frutas e verduras são importantíssimos para obtermos as vitaminas, minerais e anti-oxidantes numa dieta saudável. O grande problema é que a maioria das pessoas associa os hidratos de carbono exclusivamente ao pão, massa, cereais, batata, arroz e estes alimentos não são, de maneira nehuma, essenciais.


7.  O Colesterol elevado causa doença cardíaca.

“60% dos pacientes com ataques de coração têm colesterol normal.”
Dr. Lair Ribeiro, cardiologista brasileiro citando estudo de Framingham, o mais importante do Mundo no que respeita ao desenvolvimento das doenças cardiovasculares.





O colesterol é uma substância gordurosa produzida pelo fígado que tem um papel crucial no funcionamento do nosso corpo. O colesterol é um componente essencial das membranas celulares e o nosso corpo precisa de colesterol para produzir hormonas, para sintetizar ácidos biliares (importantes na digestão de gorduras) e para ajudar-nos na síntese de vitamina D.
Como sabemos, existem três tipos de colesterol que são transportados no sangue pelas seguintes moléculas ou lipoproteínas: HDL (lipoproteína de alta densidade), LDL (lipoproteína de baixa densidade) e triglicéridos (TG). O HDL é considerado o “bom” colesterol e transporta o colesterol em excesso das células do nosso corpo para o fígado; o LDL, considerado o “mau” colesterol, faz o oposto do HDL, transportando o colesterol do fígado para o corpo; os Triglicéridos são uma medida das gorduras em circulação no nosso corpo, que, curiosamente, não aumentam com o excesso de gordura mas sim com o excesso de hidratos de carbono e com a resistência à insulina.
Portanto, é do conhecimento comum que um HDL baixo, um LDL alto e Triglicéridos altos, quando comparados com os valores médios recomendados, são fatores de risco irrefutáveis associados às doenças cardiovasculares. Mas há mais coisas para além disto.
Em primeiro lugar, o perfil do colesterol tal como costuma ser analisado hoje em dia não parece ser o indicador mais importante a ter em conta no aparecimento de doenças cardíacas. Segundo as últimas investigações nesta área, dadas a conhecer pelo Dr. Mark Houston, Director do Nashville Hypertension Institute, a inflamação, o stress oxidativo e a disfunção auto-imune das artérias são os mecanismos fisiológicos mais importantes que causam doença cardíaca, pelo que não é correto predizer o aparecimento de doenças cardiovasculares sem medir os marcadores de inflamação, stress oxidativo e disfunção auto-imune das artérias.







Em segundo lugar, o colesterol total alto por si mesmo não vai causar doença cardíaca. É o tamanho das partículas que compõem o colesterol que vão determinar se este é ou não um factor de risco. E o teste para medir o tamanho das partículas é o tipo de teste que não fazemos quando “analisamos” o colesterol, podendo levar, desta forma, ao tratamento de um problema que, na realidade, não existe. Vou explicar.
Sabemos desde os anos 80 que o colesterol LDL é mau porque pode formar placas nas paredes das artérias impedindo uma normal circulação do sangue. No entanto, existem pelo menos cinco diferentes tipos de partículas no LDL, sendo que duas delas são muito importantes distinguir.
Temos o LDL A, que é composto por partículas grandes e flutuantes e temos o LDL B, que é composto por partículas pequenas e densas. O LDL A é completamente inofensivo enquanto que o LDL B é especialmente perigoso porque é aquele que se cola à parede das artérias. O LDL B (o mau) está diretamente associado às dietas elevadas em hidratos de carbono e baixas em gordura, enquanto que o LDL A (o inofensivo) está associado às dietas elevadas em gordura e baixas em hidratos de carbono.
Mais, quando fazemos dietas elevadas em hidratos de carbono e baixas em gordura, baixamos o colesterol HDL e aumentamos os triglicerídeos, potenciando, desta forma, o risco de doença cardíaca. Quando consumimos dietas elevadas em gordura e baixas em hidratos de carbono, acontece o contrário, ou seja, melhoramos o perfil cardiovascular através do aumento do colesterol HDL e da diminuição dos triglicerídeos.
Portanto, quando se olha para o colesterol LDL, é preciso ter em atenção que a qualidade (saber se as partículas são pequenas ou grandes) é mais importante que a quantidade.
Agora que percebemos que existem dois tipos de colesterol LDL, um inofensivo e um aterogênico (mau), é importante voltar a falar nas gorduras saturadas, que vimos no número 3. Se bem se recorda, as gorduras saturadas podem ser perfeitamente saudáveis se consumimos poucos hidratos de carbono. E porquê? Porque a gordura saturada aumenta o HDL, aumenta o LDL tipo A (o inofensivo) e baixa os triglicerídeos. Ou seja, verifica-se de facto um aumento no colesterol total mas o perfil lipídico é bem melhor!
A gordura saturada, tal como as restantes gorduras, tem um efeito mais saciante no nosso organismo, vai ajudar-nos a manter os níveis de glicemia estáveis e não tem qualquer efeito na produção de insulina. Hoje em dia utilizamos óleos vegetais para cozinhar a altas temperaturas mas na realidade estes acabam por ser mais nocivos e pró-inflamatórios que a banha de porco ou mesmo a manteiga clarificada, porque as gorduras saturadas toleram melhor as altas temperaturas.
Agora já sabe, na próxima vez que for ao médico fazer análises para medir o colesterol, pergunte pelo teste de partículas, pelos marcadores de inflamação, stress oxidativo e de disfunção auto-imune das artérias. No mínimo o médico fica a saber que você está bem informado e você fica a saber se tem de mudar de médico ou não.

Conclusão:

Hoje em dia existe muita desinformação em relação a muita coisa e é isso que me motiva a pôr as coisas no papel. Espero sinceramente que a informação que foi aqui disponibilizada lhe tenha sido útil para compreender mais algumas coisas sobre a importância da nutrição e para o verdadeiro perigo das escolhas que fazemos todos os dias. Para mim foi de certeza e tenho a convicção que ainda há muito mais por descobrir!


Pedro Correia

Texto original: 7 Mentiras Sobre Nutrição 

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Referências
Avena NM; Hoebel BG; Rada P; (2008). “Evidence for sugar addiction: behavioral and neurochemical effects of intermittent, excessive sugar intake”.
Gary Taubes (2011) – Why We Get Fat.
Gary Taubes at OSUMC – 2011 http://www.youtube.com/watch?v=bTUspjZG-wc
Gary Taubes at Google – 2011 http://www.youtube.com/watch?v=M6vpFV6Wkl4
Jonny Bowden (2011) – The (Ridiculous) New Cholesterol Guidelines for Children.
Jonny Bowden (2012) – 7 Nutrition Lies that are Making you Sick & Fat.
Lair Ribeiro (2011)  – O Risco de Beber Água Engarrafada. http://www.youtube.com/watch?v=k_J0oAC0sug
Loren Cordain (2011) – Origins and Evolution of the Western Diet: Health Implications for the 21st Century. http://www.youtube.com/watch?v=5dw1MuD9EP4
Mark Houston (2011). Interview with Charles Poliquin. Latest Advances in Cardiovascular Risk. http://www.youtube.com/watch?v=T2jpZNpVbkU&feature=player_embedded#!
Robb Wolf (2010) – The Paleo Solution.The Original Human Diet.
Robert Atkins (2002) – A Dieta Revolucionária do Dr. Atkins.
Robert Lustig (2009) – Sugar: The Bitter Truth. http://www.youtube.com/watch?v=dBnniua6-oM
Robert Lustig (2011) – Interventions to Reduce Sugar Consumption. http://www.youtube.com/watch?v=7OaD_ACer_g
Robert Lustig (2011) – Sugar is a Toxin. http://www.youtube.com/watch?v=9-BEDX5AcTM
Timothy Ferriss (2010) – The 4 Hour Body.

segunda-feira, 6 de julho de 2015

VAI DECLAMAR? COMO ENSAIAR?

SUGESTÕES PARA DECLAMAÇÃO

A estrela não deve ser o Declamante, nem o Autor. É a poesia que deve aparecer. Por isso na hora da escolha da poesia, observe o texto, que lhe seja interessante, mas leia em voz alta para experimentar o sabor do som, das rimas. Escolha poesia que seja de texto fácil, para que todos entendam o que você esta dizendo. Uma poesia bem escolhida lhes dará segurança, satisfação.


1-Como primeira regra para alguém que vai declamar, não, não é decorar, mas se conscientizar que precisa falar devagar e com clareza. Mesmo porque isto vai ajudar a decorar. Pode-se ter um poema bonito, rico, assim como alguém pode decorá-lo muito bem, mas se falar rápido, irá desvalorizar o texto.
Adolescente tem mania de não pronunciar as últimas sílabas e, às vezes, as últimas palavras da frase.
Quem está dando treinamento precisa se focar em uma coisa por vez, ou seja, deixe o declamador fazer diversas vezes o texto consciente que está sendo observado só nisto: falar pausadamente.
O falar pausadamente irá dar maior controle, mais segurança para quem declama. Todos os passos seguintes devem ser acertados individualmente, treinando-se várias vezes só aquele passo, sem mistura-los. Claro que pode-se ir acumulando, somando, mas a cada passo novo treinar especificamente e conscientemente aquele passo.

2- Agora é hora de se preocupar em dar um espaço, uma pausa maior entre os parágrafos. Para isto que existem parágrafos, para indicar uma leve mudança de assunto, de detalhe, ou mesmo de continuidade, mas com outro enfoque (e para respirar com mais profundidade). Na simples leitura se faz isto. No poema é muito mais importante, se for com rima, mas importante ainda.
Obvio dizer que não e pode dar uma pausa tão grande a ponto de os ouvintes pensarem que você esqueceu o poema. Quando for dupla, dará um tempinho exato para outro entrar sem atropelar.

3- Agora é a hora de decidir a intensidade (o volume). Precisamos estudar o poema para discernir que partes podem ser feitas em voz baixa, em voz alta, em voz suave, em voz um pouquinho mais estridente, em voz mais romântica, em voz um pouco desleixada e sem interesse. Tudo isto tem seu lugar na declamação. É como uma musica, tem partes suaves, tem partes fortes. Tem partes fortes para falar rapidamente e partes fortes para falar pausadamente como martelando as sílabas. Podemos usar som suave, soprando bastante ar dos pulmões (fale a palavra ‘espaço’ bem suavemente como que está pedindo silencio em voz baixa, note que na sílaba ‘pa’ sai muito ar dos pulmões). Podemos usar voz menos suave fazendo soar na garganta.

4- Agora é hora de estudar os versos para descobrir quais versos serão falados com mais intensidade. Poemas são como musicas, geralmente começam mais suavemente, e vão adquirindo mais força, e, muitas vezes voltam a suavidade no final. Sim, vamos descobrir isto no texto, no assunto, conforme este se desenvolve. Isto deixará a apresentação mais dinâmica, sai dum lugar e chega em outro lugar, não fica cansativo, nem monótono. Pergunte para alguém que observa (ou para treinador) se a entonação (levada da voz, o ritmo) não está repetitivo.

5-Próximo passo, é definir gestos e posição das pernas. Os gestos irão obedecer naturalmente o texto. Mas aqui vai uma palavra de cautela: Vamos inovar, vamos inventar, vamos achar novas maneiras de expressar palavras com gestos. Todos usam os mesmos gestos para as mesmas palavras (mar é sempre com as mãos flutuando para o lado, lágrimas é sempre apontando para os olhos, etc). Vamos usar gestos incomuns, mas claro que devemos cuidar para que não fuja tanto que descaracterize o substantivo ou o verbo. Quem declama não deve ficar com as pernas paradas, mas também não devem ficar se mexendo o tempo inteiro. Então decida antes como irá se movimentar no palco. Por que não começar parado, olhando para a assistência? Por que não começar sentado? Conforme o texto vai caminhando, vamos aumentando os gestos e movimentação das pernas. Na parte do texto em que chega a um clímax, nossa voz está forte, ficamos exitados, enlevados e nosso corpo deve acompanhar esta agitação, quando o texto se acalma, nossa voz se acalma e nossa movimentação se acalma concordemente. Isto parece teatral, mas é assim mesmo que tem que ser. Os jurados vão julgar a interpretação, o que é isto senão a movimentação que acompanha a voz e o texto?. Mas deve-se decidir isto antes, não necessariamente exatamente quanto vai andar, ou para que lado, mas a intensidade e o momento da movimentação.
6-Em alguns casos (mas apenas em alguns casos, pois tudo que acontece muitas vezes cansa) pode-se fazer uma mudança extrema. Por exemplo no poema “Luz e Escuridão” na parte “cegueira insólita, solidificada, deslumbre , lacrada - não, não vi mais nada nada nada nada nada nada. . .”, eu fazia com voz forte e alta, desesperada, de joelhos (acabei de falar dum acidente que me deixou cego) e em seguida, na segunda parte da frase, falava com voz triste, fraca e continuava desesperada. Se isto acontecer uma ou duas vezes já é o suficiente para dar um ar dinâmico para a apresentação.
8-Preocupe-se também em como fará o final. O final tem que ter um tom terminal. Uma boa sugestão é dar uma pausa um pouco maior antes de começar o último parágrafo. Um tom terminante significa uma maneira de expressar em que indique a todos que é o último paragrafo, como se dissesse ‘portanto’, ou ‘sendo assim’ como quem vai falar a última coisa e fim. As últimas palavras, a última frase deve ser falada bem lentamente.
9-Qual a primeira coisa a se fazer na hora da apresentação. Jamais saia falando. Primeiro feche os olhos e respire fundo. Depois olhe pausadamente para a assistência, olhando de um lado até o outro da sala. Então comece a falar. Isto te dará segurança pela apresentação adentro.
10-Decida antes o que fará se esquecer ou errar o texto. Pense em como os jurados olharão esta falha. Se eles observarem você se perder, ficar nervosa, tirarão pontos. Decida que, calmamente, irá respirar, olhar tranquilamente para a assistência e repetir o verso do início, e seguir. Note o que sempre acontece quando alguém erra poema ou leitura. A pessoa recomeça, ou pula pra frente e nos próximo parágrafos atropela palavras. É como alguém que tropeça mas não cai, sai desiquilibrado por vários passos até ficar bem. Vamos evitar isto. Se fizer a sugestão acima, irá recomeçar o verso de maneira segura, firme e com confiança, os jurados aplaudirão. Mas decida isto antes, treine isto antes diversas vezes para ficar natural, se um dia acontecer, você se sairá muito bem.
11-Procure as palavras que não conhece num dicionário para entender a frase e a ideia que o autor quis expressar. Se a língua não consegue falar uma determinada palavra, escreva-a com letras grandes e prenda no espelho, no caderno, no notebook, no celular, para olhar várias vezes para ela e sempre que fizer isto fale em ‘voz alta’ para que o cérebro ensine a língua a expressá-la sem tropeço.


Experimente fazer com texto abaixo



UMA SIMPLES CANÇÃO * 
*
* Na doce mensagem de uma simples canção (voz suave) (parado em pé)
Muito mais no encanto de uma melodia triste (voz normal de média altura) (parado em pé)
Na melancolia de umas horas de uns dias (voz triste) (parado, vire-se para direita com as mãos tapando rosto)
Incompreensão gera só tensão tristeza * (voz forte martelada nas duas últimas palavras) (um passo para frente, pernas abertas)
*
* A doce mensagem não importa às vezes (voz desleixada) (virado para o lado)
Mas na melodia, está minha alegria (Voz com tom alegre) (dá volta por trás e na metade começa a falar, acaba falar quando fica de frente –braços abertos no alto)
Só o violão ouve a minha voz (voz introspecta, como se estivesse olhando para o além – (ajoelha-se como ‘o pensador’)(é uma afirmação , mas é algo estranho, curioso)
Sim na solidão, ecoa meu refrão * (voz triste, fraca, afirmativamente) (em pé braços abertos para frente do corpo)
*
No suave silêncio de uma horas no dia (voz normal)
A doce canção alivia tensão, a irritação (voz meiga, suave, com olhos fechados)
Na desistressante e suave harmonia (voz normal, meio fraca)
Cada nota faz e traz uma incessante alegria (voz alta e forte, como que está concluindo)
*

sexta-feira, 3 de julho de 2015

O QUE É O POETA? QUEM É O POETA? VOCÊ? EU?


O QUE É O POETA? QUEM É O POETA?
VOCÊ?
EU?

O poeta tem a sensibilidade para discernir os profundos sentimentos humanos.
O poeta é um tradutor interprete, ele expõe em palavras o que o coração vislumbra sem saber se explicar. 
Ele cristaliza, materializa, os amores escondidos nos íntimos compartimentos do coração, 
onde a ninguém se permite ter acesso, senão o dono dos acessos recôndidos.
Nossos amores, nossas paixões, as escondemos muito bem, por que temos a impressão que nos tornamos vulneráveis, 
e ficamos sem jeito de falar a ninguém, duvidando que seremos entendidos.
Por que temos vergonha de falar sobre nossos sentimentos, escondendo-os muito bem num lugar secreto, inalcançável?
Inalcançável, não para o poeta que não tem vergonha de achar as palavras exatas, e está sempre disposto a nos revelar.

O que é o Poeta? Quem é o poeta?
Você?
Eu?

Pode o poeta entender de sentimentos, porque ele também tem os mesmos sentimentos? Ou tem sentimentos mais sublimes, aflorados?
Todo homem é poeta quando está apaixonado. disse Platão. Ou será que todo poeta de alguma forma está apaixonado? 
Escreve o que com ele acontece em seu coração, ou inventa sentimentos que por um acaso queima outro coração? 
Sente realmente, ou finge sentir. Se até a dor ele é capaz de ornamentar com palavras belas, é de sua própria dor que se revela?
Se um poeta consegue expressar a sua infelicidade com toda a felicidade, como é que poderá ser infeliz? disse Mário Quintana.
Enquanto houver um louco, um poeta e um amante haverá sonho, amor e fantasia. E enquanto houver sonho, amor e fantasia, 
haverá esperança, escreveu William Shakespeare.

O que é o Poeta? Quem é o poeta?
Você?
Eu?

O Poeta respira palavras, mas não são quaisquer palavras. Palavras ás vezes sem nexo, ás vezes arremessadas no papel. 
Uma palavra apenas, sentimentos. Amor, paixão. Palavras ás vezes sequer não ditas, não escritas ou se escritas, no silêncio do poeta. 
O silencio do poeta.
Amores escondidos, cultivados, feridas mal tratadas, incuráveis, com rimas até.
A poesia é arte, o poeta é coração.
Não fique constrangida com teus sentimentos, o poeta os valoriza, entende sua angustia. 
O poeta sabe que não surgem da noite para o dia, mas são o acúmulo de admiração, merecida ou não, 
o acúmulo de pequenos momentos de atenção, consideração. 
Se ninguém mais entender, o poeta o fará.

O que é o Poeta? Quem é o poeta?
Você?
Eu?

O silencio poderá perdurar, pois o que se demorou para desenvolver, florescer, tampouco irá desvanecer. 
Esconder-se talvez, mas morrer. . .
Nisto o Poeta é amigo do tempo. O tempo faz crescer e inevitavelmente desvelar, posto que é chama.
Se há amores impossíveis, há inocência da admiração discreta, da guarda, da espera. 
Se lhe diz impossível, talvez seja mesmo perene. Se impossível que reste a esperança. 
Que reste um louco, um poeta, um amante. Menos que isto, um sonho, amor e fantasia.
Que o Poeta se encarregue de traduzir. 
Ou de abrilhantar o belo apenas em linhas num papel, num caderno, escrita como em fumaça que se desmancha subindo no ar.
Ou que desperte a coragem de viver o prazer de se entregar a um grande amor.

O que é o Poeta? Quem é o poeta?

(Fernando Kieuteka ' Kieltyka')