A TERRA DE PONTA CABEÇA.
O norte fica para cima, o sul para baixo, o leste para o
nascente do sol e o oeste para o poente.
Alguém que bateu a cabeça ficou ‘desnorteado’, sem rumo, sem
direção.
Um palestrante citou vários pontos para ajudar os atentos
ouvintes a ‘nortear’ suas decisões na vida.
O “norte” é coisa séria.
Um suposto viajante do espaço avista de longe o nosso
planeta. A beleza da terra colorida fascina. Mas que estranho, a terra está de
ponta cabeça.
Não é a terra que está de ponta cabeça, é a nave que está.
Solução fácil. Desvirar a nave.
Mas será preciso virar a nave 180 graus? O visitante se
aproxima e nota que não importa o que seus olhos vêem, não importa se a terra está
de ponta cabeça, conforme a nave entra na estratosfera ele chegará sem
dificuldade em algum ponto da terra. Mas depois disso, para chegar a outro
lugar, ele precisará de direção, para o norte, para o sul. . . O que não
significa que o norte seja “para cima” como nós nos acostumamos a ver.
Nosso visitante do espaço está de partida. Ao sair da
estratosfera, ele tira uma bela foto da terra para mostrar aos seus ao voltar
para seu lar. Mas a foto está de ponta cabeça! Para eles, definitivamente não. O hábito de menosprezar a
cultura alheia é próprio da raça humana. Os que moravam no Hemisfério
Setentrional usavam mapas e olhavam ‘para baixo’ aos habitantes do hemisfério
meridional. Nos acostumamos a olhar para cima para ver americanos e europeus. Para
quem olha do espaço, não existe norte ou sul.
Isto significa que poderíamos ter fotos da terra ou mapas
onde o sul está para cima? A terra gira pelos pólos e mesmo pela lógica dum suposto
visitante doutra galáxia a parte de cima será um dos pólos.
Mas se eu ver um mapa com o pólo sul para cima, os países
contantes do mapa estarão todos “de ponta cabeça”.
Mera ilusão. Quem poderia dizer que do modo como os mapas
são feitos é o correto. Não poderiam estes estarem agora mesmo ‘de ponta
cabeça’.